terça-feira, 24 de março de 2015

Sessão Desabafo - Parte 1

Boa noite.

Nunca mais apareci por aqui, por motivos de excesso de trabalho e cansaço. Sabe, o trabalho faz com que você perca inspiração e paciência para fazer aquilo que mais gosta. Querem saber? Não conheço pessoa mais sedentária que eu, mas já fui uma quase-desportista. Alguém adivinha porque parei? Parei por motivos de vestibular. E depois veio cursinho e faculdade. E agora emprego. Que fôlego, han? E que falta de resistência e preparo. Esse é o tipo de mudança que, certamente, você não quer ver rolar em sua vida.

Parei para escrever, apesar do sono e pouca vontade. Primeiro porque isso aqui já está mais parado que casa de Aedes e segundo porque sinto uma espécie de torpor esquisito. Daqueles que te levam ao papel e à caneta mais próximos e sobre os quais vomitamos palavras sem sentido e sentimentos desconexos.

Normalmente eu escrevia no trabalho, quando o caos não estava instalado e quando o cenário parecia mais provável. E qualquer música servia para qualquer tema (só escrevo na base de música). Hoje parece difícil fazer isso no seu apê, sozinha (porque o marido foi comprar remédios) e ouvindo boas músicas.

Já comentei que meu sono anda incomodando o suficiente para eu desejar não tê-lo nesse nível?

Sinto falta de quando fazia esportes. Meu favorito era vôlei e ninguém achava que eu era capaz, pela altura. Acontece que eu amava fazer isso e, não sei se por esse motivo, ou por qualquer outro, mas eu pulava suficientemente alto para alcançar o topo da rede, mesmo não gostando de ser aquela que finaliza a jogada do time. Como líbero, modéstia, eu me achava excelente. Não tinha bola no chão. Não tinha ace.

Saudades brutalidade.

Hoje minha única agilidade é na digitação e no comer (doces). Sinto como se eu fosse um daqueles caras que era gato na faculdade, mas que mudou e adquiriu aspecto nojento depois de homem. Não que eu tenha sido a mais requisitada no colégio, mas dane-se. Eu era desportista.

E escrever, então? Gente, em que mundo estou que me tornei isso? Não conheço escrever cinco míseras páginas num único dia. Quem não acompanhou minha fase de escritora furiosa, pode imaginar que cinco páginas por dia é muito. Mas não se engane. Já valeu muito a pena desperdiçar meu dia inteiro em frente ao pc, preenchendo trinta, quarenta páginas. Pouca gente sabe COMO sinto falta disso.

Escrever foi outra coisa que os "deveres" da vida me tiraram. Podem pensar, à vontade, que perdi o dom da escrita por vontade própria. Apenas não esqueça de que os músculos que você não usa atrofiam. E acredito nisso sobre exercícios cerebrais - e não estou falando de habilidades cognitivas.

E cá estou, fazendo minha fisioterapia. Deveria ser diária, mas os "deveres" da vida não dão trégua e acabo flagrando-me surpresa por "estar cansada demais para escrever". ONDE ISSO ACONTECIA ANTIGAMENTE? Escrever era meu grito, meus gemidos, minhas lágrimas, minhas explosões de felicidade.

Não deixe que as necessidades impostas pela vida acabem com aquilo que você mais gosta de fazer. Não interessa se você tem dom. Não interessa se os outros dizem que é ridículo demais para ser alcançado. Chega do imposto pelo bom senso, não? Até porque ele, por vezes, é intolerante demais conosco.

Estou ouvindo a música do Frozen sem nunca ter assistido o bendito filme. E não sei exatamente por que raio de motivo achei que seria relevante escrever isso. Mas escrevi por ímpeto. Era assim que era antigamente. Pode ser assim de novo. Afinal, let it go, let it go ♪, né?



segunda-feira, 16 de março de 2015

Sobre situações perigosas

Boas tardes!

Alguém já percebeu como a vida fica bem mais interessante quando ouvimos histórias inventadas e/ou aumentadas? Parece meio louco, mas é verdade. Quando somos enganados, uma espécie de adrenalina passa por nossos corpos e nos deixa num êxtase um pouco inexplicável. Quando descobrimos que tudo não passava de mentira, fica aquele quê de decepção. E podem perceber como independe do tipo de notícia (se boa ou ruim).

É incrível como ficamos excitados com acontecimentos fora do comum. Pelo menos assim acontece comigo. Não se trata exatamente de uma alegria, mas uma excitação sobre o inesperado, sobre surpresas. Você saber que uma ilha inteira, isolada, foi assolada pelo terror de alienígenas, te dá medo, mas desse medo vem uma adrenalina indescritível.

Uma vez estava no carro, com meus pais, chegando em casa, quando flagramos um assalto na parada de ônibus. O malaco na bike levava a bolsa de uma senhora, quando meu pai agiu por impulso e seguimos os três, em busca do ladrão e da bolsa. Papai derrubou o ladrão, encostando o pneu do carro em sua bicicleta (que duvido que realmente fosse dele), mas o maldito fugiu. Agora perguntem como me senti.

Gente, foi uma das melhores experiências que já vivi. Ter a chance de participar de uma perseguição, como num filme policial, foi, sim, UMA DAS SITUAÇÕES MAIS EMPOLGANTES QUE JÁ VIVI. Quando tudo acabou, meu coração estava a mil. Eu estava contente de ter participado daquilo (totalmente). Primeiro porque AMAY as altas doses de adrenalina que consegui sentir percorrer minha veias, segundo porque foi em prol de algo bom.

Meu pai sabe que não agiu muito corretamente, por estar comigo e com mamãe no carro, mas acreditem como nem mamãe, nem eu ficamos com medo, em momento algum. Naquele momento, percebi que, ou eu era louca, ou servia para ser policial e viver no limite do excitante. Como não me tornei policial, então fica subentendido. Não me orgulho de ser meio perturbada das ideias, mas FOI, SIM, muito empolgante.

Vivi outras experiências de perigo, nas quais éramos as vítimas, e não os perseguidores. Não foi legal, mas também não nego que senti aquela corrente elétrica passar por mim, meio que dizendo que eu podia me tornar aloca e sair espancando todo mundo. Eu teria feito isso, se tivesse mais músculos e mais eficiência em apagar pessoas com poucos golpes. E meus pais teriam me matado em seguida (haha).

Não quero viver nenhuma dessas experiências novamente. Mas não vou, nem quero, esquecer a sensação de poder fazer algo. Já que o governo não faz, né? Haha.

Beijão.

Na insistência do respeito

Bom dia, pessoal.

Ontem à noite, antes de dormir, minha mente bombava de ideias para discorrer por aqui. Claro, porque é a melhor hora do dia para isso. Agora não lembro de todos os tópicos (saudades escrever tudo o que penso), mas um deles não consegui esquecer. Principalmente pelo fato de que se trata de uma fofura.

Confira a reportagem arco-irística aqui!

Assisti ontem, no Fantástico, sobre o nascimento de uma leoazinha branca e loucamente fofa (vocês ouviram aquele rugido? Gente!). É um acontecimento e tanto para nossa fauna! Mas não precisa ser adivinho para saber que rolou muito mimimi na internet. Coisas como "Isso não é matéria jornalística. Com tanta coisa acontecendo no Brasil, vocês ficam publicando esse tipo de coisa". Isso sempre acontece quando, por exemplo, o jornal A Folha de SP publica matérias variadas, seja sobre curiosidades, seja sobre vida dos famosos, no facebook.

Posso falar? Você, que se dá ao trabalho de digitar esse tipo de comentário indigesto, é um bosta e meio.

Só porque o país está passando por um momento delicado, ou porque há corrupção, ou porque tem gente passando fome no mundo - NADA DISSO me impede de coletar as boas notícias que passam por nós e não ligamos. Aliás, uma pessoa que comenta algo do gênero não passa de um amargurado, que só pensa no que é ruim e naquilo que não presta. E sinto muito por uma pessoa assim, mas ela está doente e é uma infeliz.

Eu penso nos problemas, mas não posso consumir meu espírito com eles. Até porque, estando infeliz, não ajudo em nada e só contribuo para as taxas de negatividade e pouca falta de posição diante das reais necessidades que se apresentam nos nossos dia-a-dias. Podemos fazer algo pela corrupção do país, mas podemos fazer muito mais começando por aquilo que alcançamos. Ou seja, experimente se modificar e ser mais produtivamente positivo e perceba a diferença.

Se você acha que corrupção é um problema, ok. Você e todo o resto estão certos. Mas permita que aqueles que sabem apreciar uma boa notícia, seja ela sobre o que quer que seja, regozijem-se em suas publicações. Não é porque os problemas estão aí, que você vai deixar de perceber o que é bom e divertido. Porque esse bom e divertido pode ser tão mais importante para os outros, que a corrupção, tão importante para você.

Caímos, então, nas graças do respeito.

Jornal publica o que quiser e eis o lado belo da liberdade de imprensa. Jornal não é só vetor de notícias ruins e/ou econômicas. Jornal é puramente notícia, seja ela o que for e a quem possa interessar. Então vamos largar essa capa de "só me interessam as notícias sobre economia e estrutura do país". Afinal, não conheço ninguém que esteja unicamente interessado nisso. E você pode só se interessar por elas, na realidade, mas vamos evitar o comentário da notícia ser ridícula e esdrúxula para você? Porque é o tipo de comentário irritante de um pseudo-ditador, que só quer ver o que lhe agrada estampado na mídia.

Parem, ok? Vocês estão começando a ficar seriamente irritantes. Todos têm direito às notícias que lhe agradam e, para isso, um jornal tem colunas e seções. Entubem essa realidade e deem seguimento às suas vidinhas desagradáveis.

sexta-feira, 13 de março de 2015

Rascunho de Espírito



Quantas páginas ainda vamos escrever?

Quantas páginas, não queremos, mas vamos ter de escrever?

E quantas estamos ávidos por construir?

Como você se sente sem saber quanto tempo te resta? O que você faria, se soubesse?

Sinto-me irrequieta, por minha ignorância.

Camuflo essa inquietude com sorrisos e coisas que julgo me deixarem satisfeita por estar aqui. Para que se lamentar das coisas que você não sabe? Elas não estão em sua zona de influência, então por que se torturar todos os dias, cogitando o que mais a vida te reserva e se será bom ou ruim.

Ao mesmo tempo em que sinto a inquietude, sinto uma espécie de leveza por ser capaz de perceber as coisas que iluminam nossos arredores. Sinto-me cheia de algo que não sei explicar exatamente o que é, mas sei que é bom e que me faz bem.

Não sei se meus olhos estão vendados, mas, caso estejam, gostaria de permanecer mais tempo presa a essa fantasia simpática, que me sussurra todos os dias a maravilha de estar viva e apta a fazer algo por mim mesma e pelos que amo. Essa venda entorpece meu espírito e me coloca mansa diante de tudo de ruim que os demais insistem em me apresentar, sobre a vida.

Não sinto que quero chorar. Ou melhor, sinto, sim. Mas quero chorar porque parece surreal estar aqui. Parece surreal estar viva e ter ciência de todos os milagres que precisam acontecer diariamente para que isso ocorra. Sinto-me bem estando aqui. E sinto que posso continuar, porque, sabe, não parece tão difícil levar tudo numa boa.

Eu vejo otimismo e, se possível, gostaria de me alimentar dele sempre que me for permitido. Quero ouvir o canto dos pássaros, porque seu som me embala e me encanta. E quando sinto que me perco na melodia absurdamente penetrante deles, penso que essa é a vida que quero levar. Quero agradecer e agradeço por ter ouvidos para que eles me permitam sentir a melhor coisa do mundo: estar vivo e saber a grandiosidade desse fato.

E assim me sinto tão absurdamente mínima.

E, assim, sinto que é possível lavar a alma e o coração.

Dessa forma.

Assim que você estiver preparado.

E a inquietude, ela se acaba e minha mente consegue relaxar por completo, para que meu sorriso se torne ainda mais sincero.

E continuarei assim.

E você também.

Assim que estiver preparado.

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P.s.: escrevi isso ouvindo What A Wonderful World, por Tiago Iorc (tema de abertura da nova novela das 6, Sete Vidas).

quinta-feira, 12 de março de 2015

Mulheres Insuportáveis

Já se perguntaram, alguma vez, sobre o porquês de as mulheres serem tão mal educadas umas com as outras? Minha mãe me deu uma boa educação, então eu dou bom dia para todos e todas, com um sorriso sincero no rosto. Porque gente que eu não conheço simplesmente não tem nada a ver com meus problemas.

Vamos aos fatos? Hoje eu fui ao banheiro feminino, para a diária escovação dental, mais tarde que de costume. Nada de diferente ocorreu. Ou melhor, nada no espaço externo do meu cocoruto (a.k.a. mente). Hoje percebi como a maioria das mulheres age e como nenhuma delas se toca disso.

Você chega no banheiro e dá boa tarde. E é recebido por uns carões emburrados, com os quais eu já devia estar acostumada. São mulheres com quem eu nem trabalho - e sinceramente, Deus me livre de trabalhar com elas. Você pode estar com os problemas do mundo na mochila, pronta para levá-los para casa, mas diga se lhe custa algo responder o "boa tarde", nem que seja apenas pela educação. Ah, é. Falta isso em muita gente. Principalmente nas representantes amargas do gênero.

Perceba, não estou falando de um mal feminino. Mas falo das mulheres afetadas por esse mal. Não que não haja homens sem educação e/ou grosseiros por aí, mas acreditem como eles aparecem bem mais raramente que elas. Eles respondem seu "bom dia", mesmo com semblantes preocupados. Elas, não. Podem até não estar preocupadas, mas possuem um pensamento pré-formado a seu respeito e, por isso, nem gostam de você. Preconceito vs. Mal Educação. Combo nada agradável, né?

Há homens por aí, tachando mulheres, porque essa amargura, que muitas exalam, já está se tornando característica. E isso é péssimo. E isso é vergonhoso. E isso é constrangedor.

Agora digam: por quê?

Entendo que mulheres tenham, talvez, mais problemas que os homens. Mas quantas mais vão ignorar que um sorriso seu alegra o seu dia e o dia daquele para quem você está sorrindo? Sim, eu sei que nem sempre estamos com saco para ser educados ou sorridentes, mas, como dito, NEM SEMPRE. Significa que, em algum dia da semana, do mês, ou até do ano, você vai estar bem, porque ninguém é tão desgraçado, para que os 365 dias do ano lhe sejam trágicos e terríveis. Mas conheço algumas mulheres que interpretam a miserável e não conseguem exercer a mínima educação.

Há aquelas que têm o nariz tão empinado, que minha língua coça para não dizer "Cuidado com o teto, moça". Ela é superior, afinal. É rica. Mas é uma esdrúxula miserável, tanto no quesito educação, quanto no quesito etiqueta. Como você pode se considerar tão chique, ignorando os preceitos básicos da boa educação e bons costumes em sociedade? Não, você não é elegante, ou chique.

Vamos parar, então? Chega. Dá raiva de gente que se sente superior, de gente mal educada. E quando digo gente mal educada, me refiro a pessoas que estudaram em bons colégios, mas que perderam (sei lá quando) a noção de boa convivência e até de senso. Tem gente sem escolaridade, por aí, que deveria dar aula para esses poços de grosseria. Ou não, porque né? Perda de tempo.

Vamos começar a refletir, porque minha nossa. Se vocês espalham essa aura insuportável para gente que nem conhecem, tenho pena dos seus familiares. Ninguém merece gente insuportável. Ou melhor, ninguém não: só gente insuportável mesmo.

Sorria mais, ame mais. Você fica mais linda quando se mantém alegre. Você fica radiante, acredite! Vai se sentir mais segura, mais linda, mais atraente, mais sexy. Faça essa mudança e só você colherá os deliciosos frutos de se libertar dessa redoma prejudicial na qual você própria se envolve. Liberte-se e o mundo te devolverá em dobro o que você enviar para ele.

Keep Calm and Love The Quokka!

Você tem de ser/estar (verbo to be) muito infeliz para não ser contagiado com a alegria dessa criaturinha.



Descobri esse bichinho através de um blog de humor e não consegui mais fechar a aba do navegador. Falo sério: quando preciso dar uma "sorrida", basta ver o combo de fofurice deste ser enigmático. Como pode existir tanta alegria (ou tanta cara de alegria) numa só criatura? Sinto-me perplexa, mas, acima de tudo, apaixonada! Fiquem felizes com as imagens abaixo e, se quiserem, basta pesquisar mais sobre. Tem MUITAS fotos fofas espalhadas na rede.






Um novo sonho se constitui: PRECISO de uma selfie com esse bichinho!





 O quokka atende por Setonix brachyurus e é um marsupial australiano, herbívoro, nem um pouco avesso a contato humano, o que torna MUITO viável a realização do meu sonho, já que tirar selfie com ele virou uma espécie de esporte para quem passa pela ilha de Rottnes. É um bichinho protegido por lei e, pelo visto, muito querido na internet, principalmente por esbanjar alegria com esse focinho fotogênico. 

Beijão!

Ru Paul's Drag Race - Glamazon: você é uma?

Eu não sou uma.

Olás!

Faz algum tempo que não assisto meu reality show favorito e, sinceramente, faz falta. Quando eu o assistia, internalizava as mensagens passadas por ele e me sentia melhor, mesmo não sendo uma drag queen. Vocês já devem ter ouvido falar de Ru Paul's Drag Race. Eu o descobri no blog da Mariana Smith, o 2Beauty. Foi um divisor de águas: a Débora de antes do RPDR e a Débora de depois do RPDR. Estou emocionada de falar sobre isso.

Clássico


Vale dizer que tem tudo que um reality precisa e com o bônus de maquiagens lindas e surpreendentes, além de noções válidas e exageradas de moda e bom comportamento. O mais legal é o Ru Paul passando mensagens para suas competidoras e seu público. Acredito que toda mulher que compreende seus conselhos e os aplica, se torna uma verdadeira Glamazon. Não que você só possa se tornar uma depois de ver Ru Paul, mas ele ajuda bastante, porque se trata de um exemplo vivo de amor e resistência aos preconceitos da vida.



Por definição, Glamazon é um neologismo para uma Amazona Glamourosa (fui pesquisar sobre como se escreve isso e cheguei aqui). Ou seja, uma mulher exuberante, cheia de glamour, e que de frágil não tem nada. É muito bacana descobrir as gírias de um mundo ao qual eu não pertenço.

As músicas do Ru Paul, na verdade, nos enchem de novas expressões do mundo drag e, apesar de não ser tomado como cultura, acho bastante interessante. Afinal, palavras como Glamazon podem naturalmente ser aplicadas a mulheres fortes, batalhadoras e que, ainda, são lindas e trabalhadas na elegância. Conheço uma porção dessas e as admiro bastante. Você se identifica?




Caso você fique absurdamente viciada na música, não fique com vergonha, porque você não está sozinha no mundo.

Beijão!


quarta-feira, 11 de março de 2015

The Body Shop: Gel de Banho Honeymania

Boas, gentes boas!

O que você pensa quando vai tomar banho? É uma atividade corrida e automática, ou você procura reservar seu tempo para relaxar e equilibrar o espírito? Procuro, sempre, utilizar o banho como forma de acalmar meu corpo, cansado do dia de trabalho e adoro quando ganho presentes que me proporcionem mimos a esse momento.

Meu aniversário aconteceu recentemente e fui agraciada com um Kit de Banho Honeymania, da The Body Shop. Não, isso não é publipost, mas é incrível como se trata de uma marca que muita gente não conhece e que tá na faixa de qualidade 5 estrelas. Você já tinha ouvido falar nela? Eu não, até meu dia de berço.



Trata-se de uma marca importada, com muitas resenhas in english. Como ganhei dois kits da Body Shop e achei ambos mais que ótimos, achei excelente partilhar com vocês.

Honeymania não é apenas um kit de banho. Também possui outros produtos, como lip balm (a.k.a. hidratante labial), manteiga hidratante, esfoliante e perfume. Você pode acessar a página e conferir todos os produtos da linha aqui (site em inglês).

Fora os já citados, tem também o gel de banho, o "fazedor de espuma" e o sabonete. Esses três, como dito antes, me foram dados de presente e vieram num "baldinho" lindo e fofo, e que não sei se é baldinho ou imitação de ofurô, com uma fitinha dizendo Love Your Body (ame seu corpo). Não tive coragem de estrear o sabonete, porque é morto de fofo só por ter uma abelhinha talhada nele. Também não tive o tempo, nem o prazer de estrear meu "banho de espuma/bolhas", então vou limitar esse post ao gel.

"Mas como você sabe que a marca é excelente, se você só experimentou um dos produtos?".
Porque já usei quase todos os produtos da outra linha, cuja resenha virá depois.

"Por que você não resenhou a outra linha antes?"
Porque não bati fotos ainda. Tenham paciência, porque não estou conseguindo parar na casa dos meus pais e o outro kit está lá.

Pote de "fazer espuma/bolhas", gel de banho, sabonete fofo e kit completo no "baldinho"


Então, vocês podem imaginar um gel suave, de cheiro suave, que deixa a pele suave. É uma delícia tomar banho com ele, porque a fragrância, embora suave, fica impregnada no banheiro. E não se trata de um cheiro enjoativo. Já disse que é tudo suave? Quantas vezes você pode repetir a palavra "suave" num único parágrafo?

Na pele pós-banho, dispense perfume, por des-necessidade. O gel, além de deixar a pele macia, agrega seu cheiro a ela, e a fixação é realmente muito boa! Minha experiência foi a de tomar banho com ele às 11h da manhã e ainda estar cheirosa até as 11h da noite. Sério. Achei sensacional. Melhor que muito perfume por aí. O cheiro se perde muito pouco e isso é excelente para um gel de banho, principalmente quando testado sob um dia de calor (foi o caso), quando suor é regra. Fico imaginando a fixação e qualidade do perfume.

O gel já está na área de produtos para uso frequente (a.k.a. banheiro) e, sem dúvida, trata-se de um produto altamente recomendável, bem como os demais que ganhei, oferecidos pela marca, e que ganharão resenha, num futuro não muito distante. Sobre preço, nada posso falar, porque todos os produtos foram presentes.

Ficou interessada? No 2º piso do Boulevard Shopping, em Belém, você pode conferir essa linha e muitas outras na Empório Body Store! Você também pode acessar o site por aqui.


Fiquem saudáveis e até a próxima!

terça-feira, 10 de março de 2015

Sobre cabelos sujos




Hoje meu cabelo acordou lindo e maravilhoso. Sabe aquele sujo capa de revista? Pois é. Mas estava sujo. Então eu o lavei e, vocês já devem saber, ele ficou horrível.

Faz anos que isso acontece, mas só refleti a respeito hoje. Talvez eu seja neurótica de pensar algo mais profundo sobre isso, mas de médico e louco todo mundo tem um pouco. Então vamos lá.

Mudanças nunca são fáceis de encarar. Já li muitos posts em outros blogs falando sobre, mas sabe quando você está no centro de um tornado? Então, essa sou eu, um pouco perdida, sem controle da situação e, por que não?, um tanto surda para conselhos. E sei que serei arrastada por esse tornado, até um ponto seguro, sobre o qual vou me fixar e ser capaz de reaver minha segurança em caminhar.

Seu cabelo está sujo e você sabe que algo precisa ser feito. Mas ele está tão bonito... por que mexer em um time que está ganhando? Você não sabe como ele ficará depois de ser lavado, afinal. Então o pior acontece: ele ganha frizz e parece ressecado. Mas está limpo. Quanto vale fazer o que é certo, mesmo sem se sentir seguro disso?

Eu sei, a comparação pareceu tosca, mas se me levou a refletir a respeito, então foi bastante válida.

A maioria de nós sabe o que é o certo e o que é errado, embora essas noções, hoje, sejam distorcidas e eternamente discutidas. Não estou aqui para filosofar sobre, mas para dizer que muitas vezes fazer o certo nos dói tanto, que nos perguntamos qual o erro de deixar as coisas como estavam. Normalmente, custa muitas lágrimas, mas você ganha leveza de espírito e de consciência. E todo mundo ganha isso, qualquer que seja sua noção de correto e impróprio.

Depois as coisas mudam e as águas se dividem. Num primeiro momento, nada está certo, nada é legal. E tudo é revolta e tudo é insatisfação. "Por que fiz aquilo?". Nessas horas não se arrependa. Deixe para se arrepender depois, quando a poeira baixar e você tiver plena noção de tudo que sua decisão acarretou. Isto é, se esse arrependimento surgir. Não vou sugerir que não tenham medo das mudanças, porque todo ser humano satisfeito com sua dada situação tem.  Tome sua decisão, seja baseada nas palavras alheias, seja baseada em sua intuição, mas não fique em cima do muro - raramente os indecisos se sentem bem e esses, sim, costumam ter mais coleções de arrependimentos que os demais.

Tome sua decisão e depois de todas as consequencias amainadas, ouse analisar se ali cabe toda a lamentação que você julgava haver quando a tempestade caía. Muitas vezes nós mesmos sacudimos demais o copo e criamos nossa própria tempestade.

Se, depois de todo o caos, você perceber que seu drama era o grande problema e que, na verdade, a mudança te fez sorrir mais, então junte-se a mim e dê uma gargalhada. Porque depois do meio-dia, o cabelo cansa de rebeldia e volta a seu estado tranquilo. Porque a vida tem dessas.

segunda-feira, 9 de março de 2015

Questão de Opinião: Sobre Liberdade e Disciplina

Meus dias favoritos são os nublados. E isso não tem nada a ver com depressão ou tendência a ela. Apenas está de acordo com uma cidade onde faz sol e calor o tempo inteiro. Apesar disso, há quem goste de dias de sol. Independente do que você possa estar pensando, dias nublados continuam sendo meus favoritos.

Muita gente reclama que as roupas lavadas não secam e ficam com cheiro ruim (de roupa que secou na sombra e no excesso de umidade), que as ruas enchem e que há um bocado de transtorno envolvido. Suas reclamações são totalmente aceitáveis e bem embasadas e a pior parte delas é limpar sua casa, que encheu por causa do combo maré + lua (já passei por isso e realmente não é agradável).

Moro em Belém do Pará e, por favor, é maravilhoso passar pelo Ver-O-Peso (ponto turístico da capital) e ver a maré alta e agitada pelo vento. Dá vontade de incorporar o espírito do ribeirinho e se jogar. Aquelas chuvas torrenciais que deixam você preso no trânsito caótico e também aquela chegada em casa super tarde: deixe que eu lhes diga o que isso tem de tão bacana - são ocorrências atípicas.

A rotina normalmente não nos deixa fugir dela. Quando você procura fazer isso, seja tomando aulas de remo ou dança de salão, automaticamente essa tentativa deixa de ser e passa à rotina (a exemplo, aulas de alemão todas as sextas, com hora e local marcados). Dependendo de sua personalidade, você vai se sentir livre - ou, no meu caso, amarrado. Quando coisas que você faz por prazer se tornam obrigações com dia e hora marcados, então a graça se perde. Afinal, essas coisas passam a integrar a rotina da qual tentamos tanto fugir.

Podem dizer que eu não lido bem com disciplina e que, por isso, não serviria para ser militar, mas essa sou eu. A disciplina é grande aliada da rotina e vice-versa, podem perceber. OPINIÃO: não tem como se engaiolar mais que se comprometendo com tarefas marcadas. Você pode adorar seus ensaios do balé, mas há de haver um dia em que seu corpo se sentirá pesado e sua mente encontrará mil e uma desculpas para faltar às aulas. E essa é a tênue linha entre o libertador e o obrigatório.

Não estou tentando lhe dizer que você deve se libertar das amarras e parar de pensar em sua academia como um relaxante (mesmo quando você está com preguiça de ir). Não quero acabar com sua disciplina - até porque a invejo. Isso tudo é apenas para que reflita se você está curtindo mesmo seu tempo, ou se obrigando à disciplina sem saber exatamente o que está fazendo.

Você Conhece? Vinyl Laranja e Ataque Fantasma!

Boas!

Sou de Belém do Pará, como dito antes e tenho muito orgulho de (quase) tudo que é produzido aqui. Eu podia fazer um post todo dedicado ao que é regional e que não gosto, mas prefiro espalhar os bons frutos de se ter nascido nessa terra de calor.

Quem conhece o mínimo daqui, quando se fala em música, pensa logo em carimbó. Sim, carimbó é muito lindo de se ver e gostoso de se dançar, mas o Pará não se trata apenas de carimbó e/ou guitarradas. Aqui há muito potencial para vários outros assuntos e para muitos ritmos, quando especificamos música como nosso ponto principal.

Fiz esse post para dar dois exemplos simples do assunto ao qual me refiro e para chamar a atenção dos paraenses-cheios-de-mimimi, que não valorizam sua terra. Tenho muito orgulho de ser daqui e as bandas Vinyl Laranja e Ataque Fantasma muito me representam.


 




 


E aí? Quem curtimos?

Assisti: 12 Horas

Boas!

Que tal a vida? Teve tempo para um filme esse fim de semana? Não curto muito sair da cama dia de sábado e domingo, então Netflix que me acuda.

Meu patrão (vulgo marido) e eu vimos os novos filmes adquiridos por uma emissora de tv aberta e achamos interessante assistir um cujo nome é 12 Horas (tradução "fiel" ao nome original, Gone). Eu quis porque parecia um suspense interessante, ele, porque a atriz principal é Amanda Seyfried, musa mais recente do dito cujo (não, não me importo nem um pouco). Também é interessante por ter sido escrito e dirigido por Heitor Dhalia, que, segundo a wikipédia, é brasileiro (e só descobri isso escrevendo esse post).




A história gira em torno de uma garota, cuja personalidade original não conhecemos, porque a mesma foi alterada devido a um sequestro ocorrido recentemente. O sequestrador cometeu uma série de seus crimes e as garotas sofredoras nunca mais foram vistas, até que Jill (Amanda) quebra o ciclo e consegue escapar das garras de seu agressor, não podendo retornar à sua vida normal, tanto pela paranóia de que um dia esse homem voltaria, quanto pelas demais pessoas, que se perguntavam se o caso realmente aconteceu, ou se foi produto de um trauma passado, uma ilusão.

Em determinada noite, a irmã de Jill (cujo nome esqueci agora) é sequestrada e a protagonista tem certeza de que se trata de seu sequestrador, que voltou para apanhá-la. Ela procura ajuda da polícia, que não lhe dá muita bola, por acreditar que é surtada. Daí começa uma sequencia de cenas nas quais Jill toma a frente da situação, de maneira destemida, a fim de evitar a morte da irmã e tendo de fugir das garras da polícia, que a persegue como se fosse uma louca (armada).


Amanda Seyfried, como Jill.


Bom, vamos às impressões, de maneira resumida?


NOTA: 8,0


Amanda é boa atriz e pareceu incrivelmente perfeita para o papel de uma personagem que não sabemos, até o fim da trama, se é mesmo surtada. O filme envolve muito isso: se a polícia tem razão e ela é apenas uma pessoa necessitada de (mais) tratamento psiquiátrico (sua personagem já sofrera antes uma internação do tipo, motivada pelo sequestro), ou se ela tem razão e o cara que a persegue voltou para cobrar o inacabado entre ambos.

É um filme de bastante suspense, que mantém você acordado do início ao fim. Mas deixou a desejar. Vou explicar: a trama é estupidamente boa e a história se constrói em torno de outras pessoas, nas quais Jill não pode confiar. Foi uma impressão que meu patrão e eu tivemos, de que todos eram suspeitos na história. Então a coisa cresce e toma uma proporção tão "suspense", que o fim pode ser 8 ou 80 (um fim de sacada esplêndida, ou um fim fraco e que você julga que poderia ser melhor - 8 é fraco e 80 é super).

Infelizmente, o fim foi 8 - fraco, na minha humilde opinião. O autor poderia ter explorado muita coisa, que não explorou e acabou com uma história muito bem elaborada e que não foi capaz de finalizar com a mesma maestria com a qual a construiu. Não abro a boca para dizer que teria conseguido escrever um final melhor, mas vamos convir (você que assistiu): o final realmente podia ser melhor. E, no meu caso, foi inevitável, esperar mais. Isso porque não sou crítica de filmes.

Mas, fora o fim, é um filme muito bacana, que prendeu a atenção, não só pela trama, mas pela sempre bela Amandinha e sua capacidade de fazer papéis distintos de maneira fantástica. Recomendo como filme para passar o tempo e também para os que gostam de suspense.

E aí? Ficou a fim de ver?


domingo, 8 de março de 2015

Amargura, por linhas amargas

Não estava à toa no mundo, mas precisava me encontrar, a fim de provar a mim mesma que ainda queria ter um sentido para cada suspirar pesado e diário. O tempo passava muito depressa e eu mal podia perceber minha vida. Estava se esvaindo de minhas mãos e meus olhos, totalmente cegos das lamúrias do dia-a-dia, já não suportavam mais se abrir. Não queria mais ver o possível e o real.

A vida se despedia de mim, mas eu não podia corresponder, porque me sentia perdida e infeliz. Onde estavam minhas rebeldias sobre não permitir que a rotina se apoderasse da minha vida? Onde estava aquela juventude violenta pela liberdade de um novo amanhã, de um novo agora? Eu nem podia mais sentir a sede de um novo despertar. Estava só no íntimo pútrido de cada indivíduo. Já não era capaz de perceber a luz que emana de cada um e duvidava se ela existia.

Por que às vezes nos rendemos? Por que por vezes sobrevivemos? Estamos mesmo vivos, ou apenas interpretando o papel que nos foi dado? Não estamos cansados de atuar apenas para satisfazer as expectativas dos demais? Você é feliz nesse teatro infame?

Quisera o penhasco estar distante de mim, pois já não sinto afã por nada, além da queda que ele me proporciona. Ele será culpado pela minha desistência e por meus erros depressivos. Já não me envergonho de recorrer apenas a ele, como solução dos problemas que encontrei e que não me sinto preparada para resolver. Os dramas da rotina, todos eles me são tão titânicos agora, que já não me sinto mais dona do meu próprio nariz. Tudo que possuo é um corpo cansado, parado por algumas tristezas e movido pela vontade de que, um dia, tudo acabe e ele simplesmente desfaleça, velado pelas dores dos dias em que não fui capaz de me desfazer dos sentimentos ruins que me trouxeram ao nada.

As velas tremulam e zombam de mim, dispostas num corredor magnífico, cujo significado não consigo mais interpretar. Sou inútil para mim e também para os outros. Longe do seio quente e agradável de significados valorosos da vida, não sou ninguém. Não sou ninguém.

E, agora, o penhasco e as velas zombam de mim. Por favor, deixe-me, porque se tornou tarde demais para um último suspiro, uma última tentativa. Deixe-me porque é mais fácil. Deixe-me porque os únicos que se importam comigo são o penhasco e as velas. Deixe-me, porque só eles podem zombar de mim.



Dia de Las Mujeres

Não, não é um post todo em espanhol. E, sim, eu AMO falar as coisas em español.

Hola, chicas guapas! Como estão? Hoje é o famoso e famigerado dia da força feminina. E é incrível como as mulheres se sentem poderosas e donas de sua própria vida, quando exaltadas e elogiadas sobre. O sexo frágil hoje não tem nada de frágil. A busca por igualdades foi tanta, que hoje vejo mais fragilidade e sensibilidade em alguns homens, que em muitas mulheres.

Mas vamos ao dia internacional da mulher? É engraçado saber como teve início esse dia, porque vivi esse tempo todo na ignorância (foram 24 anos sendo do gênero feminino, não se considerando mulher e até subjugando a data). Ontem percebi que era tão desinteressada do assunto, que não sabia as origens da comemoração, que se baseiam nas palavras-chave: incêndio, indústria, têxtil, revolução, mulheres. Mais conhecimentos aqui (um clássico da internet): Dia Internacional Da Mulher.

E aí? Você se sente mulher? Sim? Não? Muito? Pouco? Caso você se sinta indecisa, então eu digo: você é uma boa representante do gênero (haha). Brincadeiras à parte, eu não me sinto mulher, porque estou naquela fase Nem-Adolescente-Nem-Mulher e acreditem, é uma transição complexa. Sou baixa, com o rosto redondo e bochechuda, o que me faz ter aspecto total de criança. Eu podia melhorar isso usando maquiagem, mas falta paciência para isso. E esse fator também ajuda para com que eu não me sinta adulta. Já ouvi que falta eu libertar a mulher em mim, mas acredito que o conselho tenha a ver com atitudes, não com maquiagem, embora ontem tenham me dito que eu preciso passar um batom de vez em quando.

Eu AMO maquiagem e todas aquelas técnicas, mas não curto aplicá-las a mim. Primeiro porque PREGUIÇA RLZ. Segundo porque penso que quem vive maquiada pouco tem a chance de surpreender quando precisar disso (tipo, aquele encontro romântico no qual você quer causar arritmia no parceiro). Não estou dizendo que é impossível - só que é mais difícil. Não critico quem vive maquiada, mas eu as admiro, porque é preciso muita disciplina para sair todo dia com a cara trabalhada.

Então ser mulher tem a ver com as atitudes. Certo. Eu não devia estar escrevendo um post desses, porque sinceramente não faço ideia do que significa ser uma mulher ou do que separa as garotas das mulheres (não, não é sexo). Só não me sinto mulher ainda e acho interessante compartilhar isso com vocês (além de que fui desafiada a escrever sobre esse dia, sem dar parabéns). Não tem porque ter vergonha de não ser algo que esperam que você seja. Ainda tenho um bocado de coisas para aprender e acredito que ser mulher venha com o tempo. Não precisa haver uma busca por isso ou focar em ser algo que você não está pronto para ser. Apenas seja você mesma (sempre vou repetir isso) e seja espontânea (e isso também). Caso você se sinta como eu, entenda que a mulher que existe em você não tardará a chegar (se é que ela já não chegou e você não se deu conta disso). Não se apresse. Tudo a seu tempo.


sábado, 7 de março de 2015

Penico de barro enferruja?

Hoje faz exatamente 6 meses que um tio muito próximo e muito querido da minha família por parte de pai se foi dessa e tenho certeza que para uma melhor. Podem imaginar um cara super gente boa com todo mundo e até com os animais (era veterinário, além de outras coisas) e então estarão imaginando uma parte dele.

Tem todo aquele papo de "morreu e agora é santo". Ninguém é santo, nem nunca foi. Há pessoas boas pelo mundo, embora em menor quantidade, mas TODO MUNDO comete seus pecados. Podemos saber disso e entender, também, que não somos juízes desse mundo.

Muitas coisas aconteceram ao longo da minha curta vida, mas foi um choque muito grande. Lembro que há exatos 6 meses, eu estava rezando (sou católica) para que Deus fizesse o melhor pelo meu tio. A família inteira estava muito agoniada, mas eu não conseguia crer que ele iria como foi. Sabe, na vida, quando se tem a minha idade e a família inteira é completa (pais, tios, avós e primos), você cogita esporadicamente que seus avós serão os primeiros a partir e se pergunta como será depois e o que fez antes que esse momento chegasse. Por isso, perder um tio próximo, antes dos avós, foi uma surpresa um bocado desagradável. Não só pela surpresa em si, ou pelos modos pelos quais ela ocorreu, mas por se tratar do cara mais alegre e sorridente da nossa família.

Por isso, quando o tio de vocês perguntar se é Pavê ou Pacomê, eu peço: deixem de ser antipáticos e bestas e curtam. A piada pode ser velha, mas a tentativa de arrancar alguns sorrisos persiste. Não sejam chatos, deixem de ser exigentes com os outros - principalmente com aqueles que só querem algumas gargalhadas. São pessoas alegres (nem sempre felizes) e, eu digo para todos, que vão fazer falta quando não estiverem mais presentes.

Ninguém é eterno, boa gente, e a vida é curta (mais para uns, menos para outros), então vamos sacudir essa poeira de mau-humor e alto-valor, com a qual vocês se cobrem, e vamos relaxar, ser mais leves e sorridentes. A vida te retorna um bocado quando você é assim, caloroso.

O céu é mais feliz hoje, não duvido disso. E é isso que desejo para minha vida e também para as suas: que quando não estiverem mais aqui, as pessoas se lembrem de vocês como um componente único, alegre, divertido e que, sobretudo, faz falta nos almoços familiares. Ele faz falta, sim, principalmente pelo excelente humor, sempre impecável, e seus bordões clássicos.

Sim, tio, sobre alegrias e luz, saiba: você fez um excelente trabalho.

"Mas se tiver um ferrinho, enferruja (gargalhadas)" - entendedores entenderão.

quinta-feira, 5 de março de 2015

Sobre Personalidade

Um dia desses por aí, vi uma postagem comparando uma feminista a uma feminina. E ela me trouxe até esse post.

Por que você quer ser diferente? Por que todo mundo tem tanta necessidade de ser diferente? É para ser notado? É para ser querido e necessário? Quantas perguntas para resumir uma única característica: ego. Pode caracterizar também a necessidade de destaque - que nada mais é que vitamina de ego.

"Eu, fazendo loucuras".

"É muito bom ser doida com vocês".

Eis algumas legendas célebres de fotos de gente que, na verdade, não passa de um igual entre a massa que busca tanto a diferença.

Ser louco/doido virou símbolo de que você é legal. Sério mesmo?

Viemos de uma cultura onde garotas são comportadas, tímidas e condescendentes. Elas não pedem um cara em namoro, mas são cortejadas por eles e paparicadas. Daí vou ouvir vozes alteradas, dizendo "isso é machismo". Onde esse feminismo exacerbado se mistura com a loucura e com o passar dos limites? Sou mulher do tipo machista, sim. Não mato baratas (não gosto de matar qualquer tipo de vida), não conserto chuveiro pingando, nem tenho dotes de mecânico. Mas tem muita mulher por aí, levantando bandeira de feminismo, sem nem saber do que está falando.

Se você acha os filmes do gênero comédia-romântica lindos, se você baba quando o seu ficante-rolo-namorado-amante-marido-casopassageiro te traz flores ou se você cobra presentinhos de dia-da-mulher, então esteja ciente de que você é machista. Sim, porque não há nada de feminista em você requerer direitos iguais, sem querer equidade também nos deveres (aposto como você não dá presente de dia dos homens para o seu parceiro, nem abre a porta do carro para ele). Mate você as baratas, os ratos e outros bichos que acha nojentos. Troque, você, o pneu do seu carro, que furou. Limpe a fossa, quando ela entupir. Daí eu digo que você tem peito para ser feminista.

Feminismo não é você achar que pode dar em cima de um cara numa festa. Feminismo não é você pagar a conta do jantar. Feminismo não é você parar ruas com as famosas marchas das vadias. O nome disso é... bom, não sei que nome tem. Mas são atitudes de quem quer destaque, de quem quer ser vista como diferente. É muito comum o pensamento, por parte das mulheres, de que ser louca te faz diferente. Mas ó, fazer barraco em lugar público, partir para briga física com outra mulher (ou com outro homem mesmo) e falar palavrão a plenos pulmões não te torna uma pessoa positivamente louca. Na verdade, fica parecendo que você não recebeu palmadas suficientes na infância ou que não teve educação de qualidade em casa. E a maioria das mulheres faz isso apenas para parecer atraente aos olhos dos homens. Se funciona? Não sei. Mas certamente te faz parecer maluca aos olhos dos outros. Ah, mas maluca de uma maneira negativa.

Parem de querer, tão insistentemente, parecer diferentes. Tem gente que chega a assumir posturas que não têm nada a ver com sua personalidade - apenas para ser notado. Pare agora. Seja você mesmo. Parando a incessante (e por vezes irritante) busca pelo diferente, você estará sendo autêntico o suficiente para parecer verdadeiramente atraente. Dessa forma, você não se envolverá com gente que não tem nada a ver com você. Seja feliz e desprendida e esqueça os padrões que a sociedade ADORA impor. Você é você e é única no mundo, sendo meiga e delicada, ou sendo bruta e independente. Mas atenção: seja isso porque é sua personalidade natural e não porque uma revista teen disse que caras gostam de garotas desinibidas. Tem muito mais de mulher na doçura de quem sabe acalentar, do que nos esporros que espantam e enfraquecem relações.

terça-feira, 3 de março de 2015

É hora de sair da casa dos pais

Oi, boa gente!

É um momento-divisor-de-águas na minha vida. Como nos comportamos diante desses momentos? Lógico que sempre depende de como enxergamos a situação, mas como você se porta quando essa situação, em sua visão, lhe parece um baque enorme? Como você se porta quando se vê sem saída para determinada situação?

É bastante comum ver a juventude atual empolgada com a saída de casa e com o momento em que sua vida deixa de ser responsabilidade dos seus pais e passa a ser seu assunto apenas. Trata-se daquele frescor da idade e da sede por experiências novas e auto-afirmação, que desperta certo brilho nos olhos e sorrisos novos e calorosos. Estou com as rédeas da minha vida agora - você pensa.

Acontece que eu não sou parte dessas estatísticas felizes e promissoras. Sou uma velha (de espírito) e vejo as coisas por um ângulo diferente da maioria. Tive uma infância feliz e gostaria que ela não tivesse fim. Pais maravilhosos, uma família unida e de princípios, lembranças quentes dos dias em que os sorrisos não custavam nada. Era gato, cachorro e papagaio (literalmente) e uma bagunça inesquecível. Por isso, o que torna os dias de hoje mais interessantes que os de ontem?

É difícil escrever sobre isso.

Vou fazer um ano de casada e estou cortando cordão umbilical só agora. Critiquem à vontade, mas sempre fui uma filha apegada aos pais, à família em si e tudo o que ela representa. Você até pode ser assim e não sentir dificuldades em largar tudo e criar o seu mundo (a exemplo, minha irmã) e compreendo que alguém como você exista. Então eu devo ter algum problema com relação a isso, porque não está sendo nada fácil para mim. Talvez seja ainda pior para quem precisa passar por isso por motivos de trabalho, já que, muito provavelmente, vai morar sozinho.

Queria dividir esse momento Você-Deixou-Mesmo-De-Ser-Criança e dizer que dá para sobreviver entre uma lágrima e outra. Muito da saudade também vem de nós, já que nós escolhemos alimentar esse monstro através de nosso próprio ponto de vista. Procuro pensar que meus pais continuam me amando e que o sentimento que flui entre nós e todo o companheirismo, nada disso vai acabar.

Digo que é uma transição obrigatória. Acontece cedo para uns e tarde para outros, mas nunca em um momento inapropriado. Tenho fé de que os momentos de que sinto tantas saudades vão voltar a ocorrer, mas jamais serão os mesmos, claro. É preciso colocar na mente, e internalizar, de fato, a necessidade de construir novas memórias, novos sorrisos e, acima de tudo, novos pontos de vista. Isso faz dessa mudança, e também de muitas outras, um bicho com menos cabeças do que imaginamos.

Então a meta é: vamos olhar o lado bom das mudanças? Não vamos aceitá-las do dia para a noite, mas, convenhamos, ter uma doceria fofíssima ao lado da casa nova pode, sim, ser chamado de uma vantagem e tanto! (ou não, porque meu dinheiro não dura até o fim do mês).



Rezando para não cair em tentação mais vezes do que meu bolso pode aguentar

segunda-feira, 2 de março de 2015

Tendo o ímpeto de assumir seus sonhos

Bom dia.

Tenho 24 anos, recém-completados, e sou formada em Ciência da Computação, por decisão própria e não primariamente acertada. Fiz direito e tudo era lindo, até eu perceber que nada era objetivo. Apesar de boa vontade, eu não era prolixa suficiente para tirar boas notas nas provas - entendam, isso não é uma crítica a quem faz Direito. Eu apenas não concordava com o modelo de dar a resposta certa ao professor e ele me dar pontuação mínima, porque eu poderia explanar mais a respeito. É o correto? Não sei, talvez. Mas de uma coisa eu fui ficando ciente ao longo do semestre que cursei: não era aquilo que eu queria.

É incrível, não é? Como muitas vezes não sabemos para onde correr, mas sabemos exatamente do que correr. Sob críticas arrasadoras e protestos, saí de Direito e decidi ouvir os antigos conselhos de meu cunhado e minha irmã, sobre eu ser de exatas. "Por que não tenta computação?". Não tem a ver com eles serem de computação (claro que não, haha), mas, segundo informações próprias, estava nítido que eu pertencia à área.

Então rumei às exatas, comprometendo-me em ser a melhor. Foi a primeira vez que me vi com um objetivo sólido e bem formado.

Foi um período agradável, que terminou ao fim do ano de 2013. Desde então, tenho levado a vida de maneira bem calma, sem grandes expectativas e sem me pressionar a respeito do tipo de profissional que gostaria de me tornar. Não anseio vitórias esplêndidas, nem mares de dinheiro. Sou simples e fui criada apenas com o necessário. Por isso, talvez, a falta de ambições.

As coisas eram assim há mais ou menos um mês.

Começou com um leve incômodo sobre o quão subjugada é a tecnologia da informação por parte de uma massa de ignorantes. Entendam, eu não sei das coisas, nem domino a técnica sublime e milenar da sabedoria para tomar decisões, mas (quem é de exatas, sabe) dizer que uma empresa de grande porte não carece de tecnologia da informação (veja, não me referi a manutenção de computadores) é uma grande tolice. Não vou dissertar aqui sobre a importância da tecnologia da informação e da computação, porque fiz isso umas duas vezes durante a faculdade, mas alguém me acuda dessa ignorância ambulante.

Foi quando ocorreu o boom das minhas antes calmas reflexões, e meu mundo ficou totalmente louco - literalmente.

Percebi, em primeiro momento, a grande oportunidade de chamar diretores e gerentes para uma objetiva e aterrorizante palestra sobre "O Que As Empresas Perdem Quando Não Investem em Tecnologia Da Informação". E me perguntei: é a tecnologia? É ela que me faz querer levantar todos os dias e encarar problemas? Profissionalmente falando, eu casei com a profissão correta?

Vamos a outro ponto importante sobre a vida: a grande maioria das pessoas odeia seu trabalho e gostaria de estar trabalhando com o que gosta. Raros são os privilegiados, capazes de trabalhar com o que amam e não obrigados a lidar educadamente com seu trabalho. A vida não é fácil, para ninguém. Se tanta gente não gosta do seu trabalho, eu pergunto, por que eu seria uma dessas raridades, privilegiadas em amar o que faço e fazer o que amo?

Por que você é especial? O que te faz especial? NADA.

Ok, ninguém é mais especial que outro. Ninguém é melhor ou superior. Apenas somos diferentes e disso todo mundo sabe, embora muitos insistam na estúpida discriminação (entendam, todos apodreceremos e federemos quando a carne não suportar). O que nos torna, então, diferenciados?

Muitos dizem muitas coisas e eu vos digo: é preciso insistir e persistir. Triste coisa é dar conselhos que não se segue, não é? Mas estou começando. Mesmo que não dê certo de cara, é preciso persistir. Mesmo que todos digam que você está sonhando alto demais, entenda: está nas suas mãos, acreditar em você e encarar o tranco que vier. No fim, você tem grandes, grandes chances de alcançar seu intento e, consequentemente, vai se tornar alguém mais forte e pronto para desafios maiores. É isso que nos torna aptos a evoluir.

Eu não quero trabalhar com computação. Meu sonho se faz em outra área, uma que não tem nada a ver com exatas. Talvez alguns me digam que, por eu ter facilidade em programar, devia aproveitar, mas vamos a uma breve comparação: carreira é como sexo. Se você não se satisfizer, a relação não tem futuro. Pergunte-se: você sente orgasmos quando conclui suas tarefas? Você fica inteiramente feliz e satisfeito ao ver seu legado para a empresa? Se sim, ótimo, você está no caminho certo. Mas se não... em dois tempos, você broxará e dará início aos conflitos, porque não adianta mesmo apenas tentar agradar ao parceiro, anulando seus próprios desejos e seu próprio prazer. Mas você está pronto para dar fim à relação? Você tem peito, coragem ou ímpeto para dizer "chega"?

Lógico que é difícil. Meu trabalho é agradável, sim (exceto por algumas pessoas), mas não existem orgasmos depois de concluída minha parte. Há outras coisas que me dão mais prazer, mas que cobram um preço alto para serem feitas. Meu sonho é alto demais e complicado. Eu sei para onde devo seguir, mas não sei se tenho todo o peito necessário para lidar com as necessidades desse caminho. Complexo.

Acompanhem postagens futuras.